Resumo da Vida de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati
Thakura.
(Retirado do Prabhupada Lilamrta Vol. 1 e 3)
Bhaktisiddhanta Sarasvati era um dos dez filhos de
Bhaktivinoda Thakura. Antes da época de Bhaktivinoda Thakura, os ensinamentos
do Senhor Caitanya estavam obscurecidos por mestres e seitas que falsamente
afirmavam ser seguidores do Senhor Caitanya, mas que desviavam-se drasticamente
de Seus ensinamentos puros. A boa reputação do Vaisnavismo ficara comprometida.
Bhaktivinoda Thakura através de prolíficos escritos e de sua posição social
como funcionário do governo, restabeleceu a respeitabilidade do Vainavismo pregando
que os ensinamentos do Senhor Caitanya eram a forma mais elevada de teísmo e
destinavam-se, não somente a uma seita ou religião ou nação em particular, mas
a todas as pessoas do mundo. Ele profetizou que os ensinamentos do Senhor
Caitanya se espalhariam por todo o mundo, e ansiava por isto. Enquanto
Bhaktivinoda trabalhava para reformar o Gaudiya Visnavismo na Índia, ele orou
ao Senhor Caitanya: “Vossos ensinamentos têm sido muito depreciados. Não está
em meu poder restaurá-los.” E orou por um filho para ajudá-lo em sua pregação.
Quando, em 6 de Fevereiro de 1874, Bhaktisiddhanta
Sarasvati nasceu para Bhaktivinoda Thakura em Jagannatha Puri, os Vaisnavas
consideraram-no como a resposta às orações de seu pai. Ele nasceu com o cordão
umbilical enrolado em volta de seu pescoço e passando por seu peito como o
cordão sagrado usado pelos brahmanas.
Seus pais deram-lhe o nome Bimala Prasada.
Quando Bimala Prasada tinha 6 meses de idade, os
carros do festival de Jagannatha pararam no portão da residência de Bhaktivinoda
e por três dias não conseguiram movê-lo dali. A mãe de Bimala trouxe o neném
até em cima do carro e aproximou-se da Deidade do Senhor Jagannatha.
Espontaneamente, o menino estendeu seus braços e tocou os pés do Senhor, e foi
imediatamente abençoado com uma guirlanda que caiu do corpo do Senhor. Quando
Bhaktivinoda Thakur ficou sabendo que a guirlanda do Senhor tinha caído sobre
seu filho, ele compreendeu que aquele era o filho pelo qual ele havia orado.
Certo dia, quando Bimala era ainda uma criança de
não mais que 4 anos, seu pai repreendeu-o suavemente por comer uma manga que
ainda não havia sido oferecida à Krsna. Bimala Prasada, embora fosse uma
criança, considerou-se um ofensor e prometeu jamais comer mangas novamente.
(Esta promessa foi cumprida por toda a sua vida.)
Aos 7 anos, Bimala Prasada já havia memorizado todo
o Bhagavad-gita e podia explicar-lhe
os versos. Seu pai então começou a treiná-lo em revisão gráfica e impressão, em
conjunção com a publicação da revista Vaisnava Sajjana-tosani. Com seu pai, ele visitou muitos locais sagrados e
ouviu discursos dos panditas
eruditos.
Como estudante, Bimala preferia ler os livros
escritos por seu pai em vez de ler os textos da escola. Aos 25 anos ele tinha
se tornado bem versado em sânscrito, matemática e astronomia, e havia se
firmado como autor e publicador de muitos artigos de revista e de um livro, Surya-siddhanta, pelo qual recebeu o
epíteto ‘Siddhanta Sarasvati’ como
reconhecimento por sua erudição.
Aos 26 anos, seu pai orientou-o a que recebesse
iniciação de um renunciado santo Vaisnava, Gaurakisora dasa Babaji, o qual
aconselhou-o “a pregar a Verdade Absoluta e deixar de lado todos os outros
trabalhos.”
Recebendo as
bênçãos de Gaurakisora dasa Babaji, Bimala Prasada (agora Siddhanta Sarasvati)
resolveu dedicar seu corpo, sua mente e suas palavras ao serviço do Senhor
Krsna.
Em 1905, Siddhanta Sarasvati fez um voto de catar o
mantra Hare Krsna um bilhão de vezes.
Residindo em Mayapur em uma cabana de palha próxima ao local de nascimento do
Senhor Caitanya, ele cantava o mantra
Hare Krsna dia e noite. Cozinhava arroz uma vez por dia em um pote de barro e
não comia mais nada; dormia no chão, e quando a água da chuva pingava pelo teto
de palha, sentava-se debaixo de um guarda-chuva, cantando.
Em 1911, enquanto seu pai idoso encontrava-se
doente de cama, Siddhanta Sarasvati aceitou um desafio de certos
pseudo-Vaisnavas que afirmavam ser o nascimento em sua casta o pré-requisito
para se pregar a consciência de Krsna. A comunidade brahmana consciente de casta havia se exasperado com a apresentação
feita por Bhaktivinoda Thakura de muitas provas escriturais de que qualquer
pessoa, qualquer que fosse seu nascimento, podia tornar-se um brahmana-Vaisnava. Estes smarta-brahmanas, querendo provar a
inferioridade dos Vaisnavas, promoveram um debate. Em nome de seu pai
indisposto, o jovem Siddhanta Sarasvati escreveu um ensaio, “A Diferença
Conclusiva Entre o Brahmana e o Vaisnava.”, e submeteu-o à apreciação de seu
pai. A despeito de sua saúde ruim, Bhaktivinoda Thakura ficou exultante ao
ouvir os argumentos que derrotariam vigorosamente o desafio dos smartas.
Siddhanta Sarasvati então viajou para Midnapore,
onde panditas de toda a Índia haviam
se reunido para um debate de 3 dias. Alguns dos smarta panditas que oraram primeiro afirmaram que qualquer pessoa
nascida em família sudra, mesmo que
fosse iniciada por um guru, jamais
poderia se purificar e executar os deveres bramínicos de adorar a Deidade ou
iniciar discípulos. Finalmente Siddhanta Sarasvati fez seu discurso e provou
conclusivamente com citações das escrituras que se alguém nasce como sudra mas manifesta qualidades de brahmana, deve ser honrado como brahmana. Após sua palestra, Siddhanta
Sarasvati recebeu congratulações do presidente da conferência, e milhares de
pessoas reuniram-se em volta dele. Aquilo era uma vitória para o Vaisnavismo.
Bhaktisiddhanta Sarasvati permaneceu toda a vida como
um naisthika brahmacary, celibatário vitalício.
Com o falecimento de seu pai (Bhaktivinoda) em 1914
e de seu guru (Gaurakisora Babaji) em
1915, Siddhanta Sarasvati continuou a missão do Senhor Caitanya. Ele assumiu as
edições de Sajjana-tosani e
estabeleceu a Bhagwat Press (Imprensa Bhagwat) em 1915 em Krishnanagar. Então,
em 1918, em Mayapur, sentou-se diante de um pôster de Gaurakisora dasa Babaji e
iniciou a si mesmo na ordem sannyasa,
assumindo naquele momento o título de sannyasi
Bhaktisiddhanta Sarasvati Gosvami Maharaja.
Bhaktisiddhanta Sarasvati destacava-se no uso da
imprensa como o melhor meio para distribuição, em grande escala, da consciência
de Krsna. Ele considerava a imprensa como uma brhat mrdanga, uma grande mrdanga,
pois a mrdanga ao acompanhar kirtanas nas ruas só era capaz de ser
ouvida num raio de dois ou três quarteirões, mas com a brhat mrdanga, o grande tambor mrdanga
da imprensa, a mensagem do Senhor Caitanya poderia se espalhar por todo o
mundo.
A maior parte da literatura que Abhay (Prabhupada)
começou a ler tinha sido impressa na Bhagwat Press que também imprimira o Caitanya-caritamrta, com comentários de
Bhaktisiddhanta Sarasvati, o Bhagavad-gita,
com comentários de Visvanatha Cakravarti, e, os livros de Bhaktivinoda Thakura.
Por volta do ano de 1928 Bhaktisiddhanta Sarasvati
havia estabelecido a Gaudiya Printing
Works em Calcutá e tinha começado a publicar o Srimad Bhagavatam em vários volumes com suas próprias anotações.
Publicara também uma versão do Sri
Caitanya Bhagavata em seu centro de Dacca. Ele também expandiu muito sua Gaudiya
Math por toda a Índia em locais como: Bhubaneswar, Madras, Puri, Bombaim,
Allahabad, Calcutá etc.
Em 1925 Bhaktisiddhanta Sarasvati liderou uma
grande procissão, circum-ambulando a terra santa de Navadvipa, com Deidades
carregadas nas costas de elefantes esplendorosamente decorados e com a
participação de devotos de todas as partes da Índia. Invejosos sacerdotes
profissionais, que se opunham a aceitação por parte de Bhaktisiddhanta de
discípulos de todas as castas, contrataram uma gangue para ajudá-los a atirar
tijolos e pedras na procissão. Mas Bhaktisiddhanta continuara, intrépido.
Em 1925 começou a publicar sua revista Sajjana-tosani em três idiomas,
incluindo uma edição em inglês chamada: O
Harmonista.
Em 1926, ele fez uma viagem por toda a Índia,
pregando a mensagem do Senhor Caitanya. Também instalou Deidades no grande
templo de Sri Caitanya Math em Mayapur.
Em 1930 Bhaktisiddhanta Sarasvati construiu um
prédio em Baghbazar e montou ali um museu teísta, uma série de cenas formadas
com bonecos de argila, arte tradicional da Bengala, retratando a filosofia
Vaisnava e os passatempos de Krsna, visitado por milhares de pessoas
diariamente. Neste mesmo ano ele levou cerca de 40 discípulos a um parikrama por toda a Índia, uma excursão
consistindo de muitas conferências públicas e encontros com homens importantes.
Em 1932, liderou um grupo de centenas de discípulos
e peregrinos em um parikrama, ou
circum-ambulação, de um mês de duração dos lugares sagrados de Vrndavana seguindo
o velho leito seco do rio Yamuna e locais de passatempos de Krsna. Este parikrama foi um dos maiores jamais
vistos em Vrndavana. Os proprietários dos templos de Vrndavana, entretanto,
objetavam ao fato de Bhaktisiddhanta Sarasvati conceder o cordão sagrado e sannyasa a devotos não nascidos em
famílias de brahmanas e de castas
inferiores. Bhaktisiddhanta Sarasvati derrotou os argumentos dos panditas locais, que pareceram satisfeitos.
Contudo, quando o grupo de parikrama
chegou aos 7 templos principais de Vrndavana, encontrou as portas fechadas e os
lojistas da cidade fecharam seu comércio, e algumas pessoas atiraram pedras nos
peregrinos, mas o grupo de Bhaktisiddhanta Sarasvati continuou com bom humor, a
despeito da animosidade. Abhay juntou-se ao parikrama nos últimos dias.
Bhaktisiddhanta
Sarasvati usava o parikrama como
método de pregação às massas, pois antes de seu advento os Vaisnavas evitavam lugares populosos e permaneciam isolados em
locais santos como Vrndavana. Bhaktisiddhanta Sarasvati queria pregar no mundo
inteiro, e sabia que a renúncia dos Gosvamis de Vrndavana não era possível para
os ocidentais, portanto introduziu a idéia de que os devotos podiam inclusive
morar em um grande templo palaciano. Bhaktisiddhanta Sarasvati estava
demonstrando que, embora um devoto não devesse gastar um centavo para seu
próprio gozo dos sentidos, ele podia gastar milhões de rúpias a serviço de
Krsna. Baseando-se na autoridade das escrituras, ele estava demonstrando o que
Rupa Gosvami escrevera:
“Uma
pessoa se desapega perfeitamente de todo o mundano enredamento materialista,
não quando renuncia a tudo, mas quando emprega tudo a serviço de Krsna.
Compreende-se que isto é renúncia perfeita em yoga.” Assim, enquanto anteriormente os Vaisnavas nada tinham a ver
com as invenções mecanizadas introduzidas pelos ingleses, Bhaktisiddhanta
Sarasvati queria usar as mais modernas máquinas impressoras e convidar as
pessoas mundanas a ouvir krsna-katha
em templos esplendorosos. E para pregar, os devotos não deviam hesitar em
locomover-se nos melhores veículos, usar roupas costuradas ou viver em meio a
opulência material.
Srila Prabhupada falou acerca de Bhaktisiddhanta
Sarasvati: “A contribuição de meu Guru Maharaja foi que ele derrotou os
Gosvamis de casta. Ele derrotou este brahmanismo. Ele fez isto da mesma maneira
que Caitanya Mahaprabhu o fez... Certa vez fizeram uma conspiração para
matá-lo. Eles arrecadaram 25 mil rúpias e foram subornar o oficial de polícia
encarregado da área, dizendo: ‘tome essas 25 mil rúpias. Vamos fazer algo
contra Bhaktisiddhanta Sarasvati e você não deve tomar nenhuma medida... Então
o oficial de polícia francamente veio até Bhaktisiddhanta Sarasvati:
‘Evidentemente, nós aceitamos suborno, e cedemos a tais coisas, mas não contra
um sadhu, não contra uma pessoa
santa. Tome cuidado’. Meu Guru Maharaja era chamado de ‘enciclopédia viva’. Ele
podia conversar com qualquer pessoa sobre qualquer assunto. Ele era muito
erudito. Ele não fazia concessões. Os assim chamados santos, avataras, yogis, todos eles falsos, eram inimigos de meu Guru
Maharaja...Alguns irmãos espirituais queixavam-se de que esta pregação era uma
‘técnica mordaz’ e não seria bem sucedida. Mas aqueles que o criticaram
caíram.”
Bhaktisiddhanta Sarasvati era conhecido como simha guru (simha quer
significa leão) por pregar fortemente contra o impersonalismo e os impostores.
Ele também dizia: “Não tentem ver Deus, mas ajam de tal modo que Deus os veja.”
Ele dizia que quando chegasse o dia em que os juízes do supremo tribunal fossem
devotos de Krsna com tilaka Vaisnava
em suas testas, então ele saberia que a missão de difundir a consciência de Krsna
estava se tornando bem sucedida.
Ele dizia que Jesus Cristo era um sakty-avesa avatara, encarnação de Deus
dotada de poder. “Como poderia ser outra coisa? Ele sacrificou tudo para Deus.”
Dizia também que: “Os eruditos mundanos que tentam compreender o Senhor Supremo
com seus sentidos e especulação mental são como uma pessoa que tenta provar o
mel de uma garrafa lambendo o exterior da mesma.” Filosofia sem religião, dizia
ele, é especulação árida; e religião sem filosofia é sentimentalismo e às vezes
fanatismo.
Certa vez Abhay estava no pátio da Caitanya Math
quando uma cobra venenosa passou rastejando em frente dele. Abhay gritou por
seus irmãos espirituais, mas, quando vieram, ficaram parados, incertos sobre o
que fazer. Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati apareceu na varanda do segundo
andar, viu a cobra e ordenou: “Matem-na.” Um menino então pegou uma grande vara
e matou a cobra. Abhay pensou: “Como é que Guru Maharaja mandou que matassem a
cobra?” Ele ficou um pouco surpreso, mas posteriormente encontrou um verso que
dizia: “Mesmo pessoas santas ficam satisfeitas com a morte de um escorpião ou
de uma cobra.” E então Abhay ficou muito contente pois acabara com sua dúvida
sabendo que criaturas como cobras não mereciam nenhuma misericórdia.
Abhay percebeu que quando os discípulos perguntavam
sobre algo no futuro, ele nunca respondia, “Sim, isto vai acontecer”, ou, “Sim
nós vamos fazer isto.” Pelo contrário; ele dizia, “Sim, se Krsna desejar, pode
se que sim.” Embora em sua mocidade tivesse sido um astrólogo e fosse capaz de
predizer o futuro, ele havia deixado aquilo de lado.
Ao considerar se os escritos dos discípulos eram
dignos de se publicar, ele contava quantas vezes a palavra Krsna ou Caitanya
tinha sido usada; se fossem usadas suficientemente, ele dizia: “Este está bom.
Este pode ser aproveitado.”
Por volta de 1932 ele tinha cerca de 3 gráficas em
diferentes partes da Índia, imprimindo 6 jornais em vários dialetos indianos.
Imprimia também diariamente o jornal Nadiya
Prakasa.
Em 1935 Bhaktisiddhanta Sarasvati deu boas vindas
aos discípulos que mandara pregar na Europa e acabou de publicar o Srimad Bhagavatam.
No primeiro dia de Janeiro de 1937,
Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur desapareceu do mundo mortal. Passou seus
últimos dias lendo o Caitanya Caritamrta
e cantando em suas contas. Quando um médico o visitou querendo dar-lhe uma
injeção, ele protestou: “Por que vocês me perturbam assim? Simplesmente cantem
Hare Krsna, isto é tudo.” Entre suas últimas palavras a seus discípulos estavam
estas:
“Aconselho todos a pregarem os
ensinamentos de Rupa-Raghunatha (discípulos do Senhor Caitanya) com toda
energia e recursos. Nossa meta última deverá ser tornar-nos a poeira dos pés de
lótus de Sri Sri Rupa e Raghunatha Gosvamis. Todos vocês devem trabalhar
conjuntamente sob a orientação de seu mestre espiritual com vistas a servir ao
Conhecimento Absoluto, a Personalidade de Deus. Vocês devem viver de alguma
forma sem nenhuma briga neste mundo mortal, somente com o interesse de servir à
Divindade. Por favor, não abandonem o serviço a Deus, apesar de todos os
perigos, de todas as críticas e de todos os desconfortos. Não fiquem
desapontados, pois a maioria das pessoas no mundo não serve à Personalidade de
Deus; não abandonem seu próprio serviço, que é tudo para vocês, nem rejeitem o
processo de cantar e ouvir o transcendental santo nome de Deus. Vocês devem
sempre cantar o nome transcendental de Deus com paciência e tolerância como uma
árvore e humildade como uma palha... Há muitos entre vocês que são bem qualificados
e trabalhadores capazes. Não temos nenhum outro desejo em absoluto.”
Em seus últimos dias, ele permaneceu inteiramente
consciente e dera instruções até o fim. Ele tinha específica e abertamente
ordenado que os assuntos de sua Gaudiya Math fossem mantidos por um corpo
administrativo de doze homens, que os devotos deveriam escolher entre eles. Finalmente,
ele disse: “Por favor, aceitem minhas bênçãos a todos vocês, presentes e
ausentes. Por favor, tenham em mente que nosso dever e religião exclusivos é
espalhar e propagar o serviço ao Senhor e a Seus devotos.”
Às 5:30 do dia primeiro de Janeiro
ele deu seu último suspiro.
Srila Prabhupada disse: “Meu Guru Maharaja era
sempre muito, muito afetuoso comigo. Quando eu lhe prestava reverências, ele
costumava retribuir, ‘Daso ´smi’: Sou
seu servo.”
Srila Prabhupada certa vez estava no quarto com um
discípulo e de repente; lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. E ele
disse com uma voz embargada: “Meu mestre espiritual não era um mestre
espiritual comum.” Então, pausou por algum tempo, e, enxugando as lágrimas de
suas bochechas, disse com voz ainda mais embargada: “Ele me salvou.”
Sua Divina Graça Sri Srila Bhaktisiddhanta
Sarasvati Thakur Prabhupada, Ki Jaya!!!
Extraído
do Srila Prabhupada Lilamrta,
Volume
1, páginas: 41-44, 53, 54, 57-60, 68, 69 70, 72, 73, 86 e 87.
Volume
3, página: 162 (apenas o último parágrafo)
Resumo
elaborado por David Britto em 2000 radhesyamaji@yahoo.com.br
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