segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um Trecho da Autobiografia de Bhaktivinoda Thakur.


Um Trecho da Autobiografia de Bhaktivinoda Thakur.



“Eu comecei a sentir como minha vida tinha sido gasta inutilmente. Eu não tinha feito nada. Eu não tinha sido capaz de saborear o néctar da alegria de servir Sri Sri Radha e Krsna, a personificação de eternidade, conhecimento e bem aventurança. Se eu pudesse, gostaria de ter me aposentado de meu trabalho em poucos anos. Então eu iria para Mathura/Vrndavana, e em algum lugar nas florestas às margens do Yamuna eu faria um pequeno abrigo para mim, então poderia ser um recluso e envolver-me em serviço devocional.
  Mas devido a meus velhos hábitos, isto seria provavelmente árduo para meu corpo, então eu não viveria lá sozinho. Talvez eu tivesse um companheiro. Então eu fui para Tarakeswar em algum mandado. Enquanto estava dormindo lá, Mahaprabhu veio até mim à noite e disse: ‘Você esta pensando em ir para Vrndavan, mas a respeito do trabalho que você está supondo-se a fazer em Navadvip, o qual está próximo à sua casa?’
             Depois que voltei de Tarakeswar, todo sábado eu ia de Krsnanagar para Navadvip procurar pelos locais dos passatempos de Mahaprabhu. Mas eu não podia encontrar nada, e aquilo me deixou muito triste. As pessoas lá estão muito preocupadas com seu próprio sustento. Eles não fazem nenhum esforço para encontrar os locais dos passatempos de Mahaprabhu.
             Uma noite meu filho Kamal, um empregado, e eu estávamos em pé na cobertura olhando em volta. Era aproximadamente 10 horas da noite, e estava escuro e nublado. Repentinamente nos aconteceu de ver uma mansão brilhante acesa do outro lado do Ganges, para o norte. Quando perguntei a Kamal ele disse que também tinha visto. Mas Kerani Babu (o empregado) disse não ter visto nada. Eu estava muito assombrado.
             Pela manhã procurei novamente naquela direção, da cobertura daquela casa, (A mansão da rainha) e notei que lá havia uma palmeira. Quando perguntei para as pessoas locais, eles disseram- me que aquele local é chamado “Ballal Dighi” (o lago de Ballalls).
             Há uma antiga ruína lá, do forte construído pelo rei Lakshman Sen. Na segunda feira seguinte fui para Krsnanagar, e no sábado voltei para Ballas Dighi. Novamente naquela noite contemplei aquela fantástica visão. Depois fui a pé por toda parte daquele local, e por conversar com os velhos residentes descobri que este era o local de nascimento de Mahaprahu.
             Finalmente visitei todas as aldeias onde os passatempos de Mahaprabhu aconteceram, os quais são descritos no Bhakti Ratnakar por Srila Narahari Cakravarti e também no Caitanya Bhagavata. Eu escrevi o Sri Navadvip Dhama Mahatmya e enviei-o à Calcutá para ser impresso. Em janeiro de 1894 nós tivemos um grande encontro na escola Krsnanagar A.V. Muitos eruditos, ricos e famosos bengalis vieram para o encontro. Dvarik Babu (o engenheiro chefe do distrito de Nadya, Dwarakanath Sarakar) e eu apresentamos todos os fatos sobre Sri Mayapur em nosso discurso para todos aqueles presentes, todos concordaram conosco e deram suas bênçãos para começar serviço devocional em Mayapur para reconhecer Mayapur como o local de nascimento de Mahaprabhu.”


Do livro: “Saraswati Thakur the life and precepts of Srila Bhaktisiddhanta Saraswati. Tradução: David Britto: radhesyamaji@yahoo.com.br








Prabhupada No Kumbha Mela 1977 A Confluência Dos Rios Sagrados



A Confluência Dos Rios Sagrados

[Prabhupada No Kumbha Mela 1977]

(De uma entrevista com Atma Tattva dasa)


Srila Prabhupada disse-nos como fazer sankirtana viajante em carro de boi: “vocês param em um lugar próximo a um poço, aonde as pessoas vêm pegar água, cantem Hare Krsna, e diga-lhes que vocês são sadhus de Vrndavana indo para o Kumbha Mela, assim eles lhes darão um lugar para ficar; então vocês fazem Kirtana e coletam arroz e vegetais, cozinham e distribuem; não levem nada para a próxima vila; distribuam tudo na mesma vila e distribuam pequenos livros.” Então nós partimos de Vrndavana e viajamos até Allahabad.
             Numa cidade chamada Fatehpur, enquanto vagávamos pela rua para encontrar um local para ficar, vimos uma casa chamada Nitai Gaura Bhavan. Tal nome é muito raro no Norte da Índia. Dentro havia Deidades de Gaura-Nitai. O proprietário, um advogado, era um Gaudiya Vaisnava iniciado. Ele convidou-nos a ficar e apresentou-nos a seu sacerdote familiar, um Ramanandi de cinqüenta anos de idade. Ramananda é um ramo da Ramanuja Sampradaya proeminente principalmente no Norte da Índia. Este homem convidou-nos à sua casa onde permanecemos por uma semana.
             Quando partimos, ele e toda sua família seguiram-nos, inclusive seu jovem filho, caminhando doze quilômetros para a rua principal. A razão pela qual ele nos convidou foi porque havia muitos ekadandi sannyasis naquela área e ele nunca viu nenhum tridandi sannyasi vaisnava, por isto, quando estávamos indo embora, ele realmente sentiu-se triste. Ele estava realmente caído no chão e chorando, e enquanto o carro de boi movia-se ele chorava com sua esposa a consolá-lo. Foi uma cena surpreendente. De qualquer modo, dissemos para ele vir ao Kumbha Mela para ver Srila Prabhupada.
             Chegamos ao Kumbha Mela em Navami, o nono dia, e no ekadasi, Prabhupada veio. Depois de algum tempo, seu secretário deixou todos entrarem na barraca. Alguém perguntou a Srila Prabhupada sobre a prasadam. Ele respondeu lentamente. Tinha muito muco em sua garganta naquele momento. Ele estava dizendo que prasadam de ekadasi significa sementes de lótus fritas no ghee – muito bom. Ele estava sentado em sua cadeira com os pés estendidos por baixo dela, e estava muito cansado. Ele dizia apenas uma palavra e então aguardava algum tempo para dizer a próxima.
             Subitamente, houve um barulho na entrada da tenda. Alguém estava tentando entrar. Um devoto saiu e viu que era aquele sacerdote Ramanandi. Ele tinha trouxas de roupa em seu ombro. Disse que foi informado que poderia ver Srila Prabhupada. Ele estava falando em hindi, mas este devoto não sabia nada de hindi e simplesmente disse-lhe que estava muito lotada. Srila Prabhupada estava um pouco perturbado e disse algo. Então o sacerdote entrou.
             Ele pegou uma de suas trouxas e colocou na mesa de Prabhupada. Então prestou suas reverências e disse, “Swamiji, um pouco de prasadam de ekadasi.”
             Prabhupada disse, “Deixe-nos ver o que é isto.” Ele abriu e todos olharam e notaram que eram sementes de lótus fritas no ghee. Todos gritaram, “jaya!”
             Prabhupada disse, “Eu disse-lhes. Sementes de lótus fritas no ghee.” Então ele pegou algumas.
             Depois que ele terminou aquele bocado de sementes de lótus, o homem perguntou, “Swamiji, você lembra-se de mim?”
Prabhupada respondeu, “Sim, Nitai Gaura Bhavan, Fatehpur.” Ele tinha estado lá há aproximadamente 40 anos atrás. O sacerdote estava em êxtase por Prabhupada lembrar-se dele. Quando Prabhupada fez a visita, o advogado que foi nosso anfitrião era um jovem garoto. Seu pai tinha sido anfitrião de Prabhupada. Prabhupada perguntou sobre o homem mais velho, o qual já havia morrido. O sacerdote estava na linha de sacerdotes familiares. Ele também era um jovem garoto quando Srila Prabhupada visitou, mas ele podia lembrar-se.
             Então Prabhupada olhou para o jovem filho do sacerdote, cujo nome era Prapanna (que significa “rendição”), e pediu ao sacerdote para dar-lhe o garoto.
             Então o sacerdote disse, “Ele é seu, Swamiji. Ele esta aprendendo gramática agora, logo que a instrução de gramática terminar eu o darei a você.”
             Prabhupada disse, “Não é necessário. Você o dá para mim agora e eu o farei um acarya.”
             Então ele disse, “Ele é seu, Swamiji, ele é seu. Ele está neste momento aprendendo os alfabetos, assim, deixe os alfabetos e a gramática acabarem, então ele será capaz de ler e escrever e entender versos.”
             Prabhupada insistiu, “Não, não, não, não é necessário. Dê-o para mim, e nós o faremos um acarya. Ele pregará por toda a parte.”
              O homem disse: “Eu estou pensando que uma pequena criança para você, Swamiji, seria difícil.”
             Prabhupada disse, “Não, nós temos um gurukula, e isto não será problema.” Mas por fim ele desistiu e disse, “Quando ele estiver pronto, você certifique que ele vehna para mim.”
             Prabhupada e o sacerdote continuaram falando. Prabhupada perguntou-lhe, “Você não foi para a confluência dos rios tomar banho?”
             O sacerdote disse, “Eu vim para a confluência dos rios, Swamiji.” E, repentinamente, de sua outra sacola, ele tirou um prato de latão e colocou-o embaixo dos pés de Prabhupada. Ninguém esperava aquilo. Àquele momento, ninguém era permitido chegar próximo nem mesmo um metro de Prabhupada para nada, mesmo para prestar reverências. Ele estava muito doente. Quando ele colocou o prato por baixo, eu notei claramente que Prabhupada pôs seus pés, um por um, no prato. Então o homem tirou um pote d’água e despejou a água nos pés de Prabhupada. Então ele pegou a água e com ternura disse, “Sangam, sangam, confluência, confluência.” Dentro de dois minutos houve uma completa lotação na tenda, e ele estava jogando a água em todos. Isto foi em Janeiro de 1977.

             Muitos anos depois, durante o Kumbha Mela de 1992, eu levei as crianças do gurukula de Mayapur a diferentes grupos religiosos. Quando nós chegamos ao acampamento Ramanandi, eles tinham elegido como líder um jovem sannyasi, então eu levei as crianças para vê-lo.
             Nós entramos, prestamos reverências e cantamos alguns mantras. O sannyasi olhou para os garotos. Ele estava muito feliz em vê-los. Eles todos sentaram e ele começou a falar em sânscrito. Eu disse-lhe que nós não sabíamos sânscrito; nós apenas cantamos alguns versos. Então ele falou em hindi. Ele disse que depois de sua educação, ele tinha vindo para ver Prabhupada e Prabhupada tinha dado-lhe uma revista sobre o Rathayatra em Los Angeles.
             Assim ele levou a idéia dentro de seu coração de que como Srila Prabhupada estava pregando dharma por todo o mundo, ele deveria pelo menos unificar as linhas de sua sampradaya, a qual naquele momento estava dividida em muitas seitas e não tinha um líder. Ninguém podia ensinar-lhe o comentário em sua linha, então ele foi para muitos locais e estudou. Quando voltou, ele chamou todas as diferentes seitas Ramanandi e eles o elegeram seu líder. Sua sampradaya tinha milhões de seguidores no Norte da Índia.
Enquanto falava, ele lembrou-me alguém, mas eu não podia identificar quem era. Então ele disse que o Swamiji lhe tinha sido uma grande inspiração e ele (Prabhupada) tinha salvado sua sampradaya porque o inspirou e deste modo ele estava inspirando todas estas pessoas. Ele disse que estava muito feliz que eu tivesse vindo ao seu asrama e estava muito honrado. Em um dado momento eu olhei para ele e perguntei, “você é de algum lugar de Fatehpur?” Então ele olhou diretamente para mim e disse, “Atma Tattva Prabhu”, e relembrou o tempo em que eu carregava-o em minhas costas.
             Então eu disse, “você tornou-se um acarya, não foi? Meu Guru Maharaja disse a seu pai para dá-lo a ele e que ele o faria um acarya. As palavras de um grande sadhu nunca falham. Você unificou algo que as pessoas pensavam que nunca ficaria junto.”
             Então ele também relembrou a cena do Kumbha Mela. Disse que naquele momento ele ia falar, “pai, porque você não me dá a ele?” Mas porque não devia falar na frente de seu pai ele ficou quieto.
             Então, de todo modo ele foi inspirado por Prabhupada. Esta é uma das Prabhupada tosanis. Tosan significa completa satisfação. Ele alcançou completa satisfação de seus poucos momentos de associação com Srila Prabhupada. Agora ele está fazendo um maravilhoso serviço. De fato, ele foi o primeiro que mencionou “na bhuto na bhavisyati”, porque ele falou mais sânscrito que hindi. Ele sempre menciona como Prabhupada é uma pessoa que recebeu todas as potências de Krsna: na bhuto na bhavisyati – nunca antes, jamais novamente.



Artigo da Revista “Prabhupada Toshani” Newsletter of the Srila Prabhupada Centennial,
                                Vol. 5, N° 2, pg 37-8, março-abril 1996.

Tradução e revisão: David Britto radhesyamaji@yahoo.com.br


Razões Confidenciais do Aparecimento de Mahaprabhu (Caitanya Caritamrta)


Razões Confidenciais do Aparecimento de Mahaprabhu.


1) As causas do advento do Senhor Caitanya Mahaprabhu
(C.c. 1.3)

Krsnadas kaviraja diz:
“O Senhor Krsna, o filho do rei de Vraja, é o Senhor Supremo. Ele goza eternamente de passatempos transcendentais em Sua morada eterna, Goloka, que inclui Vrajadhama. Uma vez em cada dia de Brahma, Ele desce a este mundo para manifestar Seus passatempos transcendentais. Sabemos que existem 4 eras (yugas), a saber; Satya, Treta, Dvapara e Kali. Estas 4 juntas compreendem uma divya-yuga. Setenta e uma divya-yugas constituem um manvantara. Existem 14 manvantaras em cada dia de Brahma.” (V.5-8)
             “No fim da Dvapara-yuga da 28° divya-yuga, o Senhor Krsna aparece na Terra com toda a parafernália de Sua Vrajadhama eterna.” (V.10)
“Agora estamos no período de Vaivasvata Manu, durante o qual o Senhor Caitanya aparece. Primeiramente, o Senhor Krsna aparece na conclusão da Dvapara-yuga da 28° divya-yuga, e a seguir aparece o Senhor Caitanya na Kali-yuga da mesma divya-yuga. O Senhor Krsna e o Senhor Caitanya aparecem uma vez em cada dia de Brahma. (uma vez a cada 4.320.000.000 anos solares).” (Sign. V.10) 
“Advaita Acarya Gosvami é uma encarnação do Senhor como devoto. Seus altos brados foram a causa da encarnação de Krsna. Sempre que Sri Krsna deseja manifestar Sua encarnação na Terra, primeiramente Ele cria as encarnações de Seus respeitáveis predecessores.” (V.92-3)
“Ao aparecer, Advaita Acarya encontrou o mundo desprovido de serviço devocional a Sri Krsna, pois as pessoas estavam absortas em afazeres materiais.” (V.96)
“Vendo as atividades do mundo, o Acarya sentiu compaixão, e pôs-se a considerar como poderia agir para o benefício do povo. “Caso Sri Krsna aparecesse como uma encarnação, Ele próprio, por Seu exemplo pessoal, poderia pregar devoção”.” (V.98-9)
“Enquanto (Advaita Acarya) pensava sobre como agradar a Krsna adorando-O, o seguinte verso veio a Sua mente. “Sri Krsna, que é muito afetuoso com Seus devotos, vende-Se a um devoto que Lhe oferece uma folha de Tulasi e um punhado d’água”.” (V.103-4)
“Pensando nos pés de lótus de Sri Krsna, Ele constantemente oferecia brotos de Tulasi em água do Ganges. Ele invocou Sri Krsna em altos brados e assim, possibilitou o aparecimento de Krsna. Portanto, esta invocação de Advaita Acarya é a razão principal porque desceu Sri Caitanya. O Senhor, o protetor da religião, aparece pelo desejo de Seu devoto.” (V.108-10)


2) As razões confidenciais para o aparecimento do Senhor Caitanya.
(C.c. 1. 4)

Krsnadas kaviraja diz:
“... esta encarnação desce para propagar o canto do santo nome e difundir amor a Deus. Embora isso seja verdade, essa é apenas a razão externa para a encarnação do Senhor. Por favor, ouvi outra razão – a razão confidencial – para o aparecimento do Senhor. As escrituras proclamam que anteriormente o Senhor Krsna desceu para aliviar o fardo da Terra. Entretanto, aliviar este fardo não é tarefa da Suprema Personalidade de Deus. O Senhor Visnu, o mantenedor, é que protege o universo. Porém, a época de aliviar o fardo do mundo coincidiu com a época da encarnação do Senhor Krsna. Quando a Suprema Personalidade de Deus completa desce, todas as demais encarnações do Senhor reúnem-Se dentro dEle.” (V.5-10)
“Portanto, nessa ocasião, o Senhor Visnu está presente no corpo do Senhor Krsna, e o Senhor Krsna mata os demônios através dEle. Assim a matança dos demônios é apenas uma tarefa secundária. Vou agora falar da razão principal para a encarnação do Senhor. O desejo do Senhor de aparecer nasceu de duas razões:
(1) Ele desejava saborear a doce essência dos deleites do amor a Deus, 
(2) e desejava propagar ao mundo o serviço devocional na plataforma de atração espontânea. Deste modo, Ele é conhecido como supremamente jubiloso e como o mais misericordioso de todos. “Todo o universo está repleto do conceito de Minha majestade, mas, o amor enfraquecido por esse senso de majestade não Me satisfaz. Se alguém Me considera o Senhor Supremo e considera-se subordinado, não Me torno subalterno a seu amor, nem pode tal amor Me controlar”.” (V.13-8)
“Assim como esses desejos constituem a razão fundamental para o aparecimento de Krsna ao passo que destruir os demônios é apenas uma necessidade acidental, da mesma forma, para Sri Krsna Caitanya, a Suprema Personalidade de Deus, promulgar o dharma da era é acidental. Quando o Senhor desejou aparecer por outra razão, a época de promulgar a religião da era também surgiu.”
(V.36-8)

 

2.1) Os 3 desejos do Senhor Krsna


Krsnadas kaviraja diz:
“Muito embora o Senhor Krsna, a morada de todas as doçuras, tivesse anteriormente degustado dessa maneira (passatempos da Krsna lila descritos em versos anteriores) a essência das doçuras do amor, de qualquer modo, Ele foi incapaz de satisfazer 3 desejos, embora Se esforçasse para saboreá-los. Vou explicar Seu 1° desejo.”


2.1.1) 1° Desejo: Experimentar a força do amor que é sentido por Radharani.

Krsna diz: “Sou a causa primordial de todas as rasas. Sou a verdade espiritual plena e sou feito de alegria plena, mas o amor de Srimati Radharani deixa-Me louco. Não conheço a força do amor de Radha, com o qual Ela sempre Me arrebata. O amor de Radhika é Meu mestre, e Eu sou Seu discípulo dançarino. O prema dEla faz-Me dançar diversas danças singulares”.” (V.120-4)
““Todo o prazer que Eu sinto ao saborear Meu amor por Srimati Radharani, Ela saboreia dez milhões de vezes mais do que Eu devido ao amor dEla”.” (V.126)
““Se Eu puder alguma vez ser a morada desse amor, somente então poderei experimentar Sua alegria.” Pensando dessa maneira, o Senhor Krsna ficou curioso para saborear aquele amor. Seu ávido desejo de ter aquele amor ardia cada vez mais em Seu coração.” (V.135-6)


2.1.2) 2° Desejo: Descobrir o limite de Sua própria doçura

“Este é um desejo. Agora, por favor, ouvi-me falar de outro. Vendo a Sua própria beleza, o Senhor Krsna passou a considerar. “Minha doçura é maravilhosa, infinita e plena. Ninguém nos 3 mundos pode descobrir seu limite. Somente Radhika, pela intensidade de Seu amor, saboreia todo o néctar de Minha doçura. Embora o amor de Radha seja puro como um espelho, sua pureza aumenta a cada momento. Minha doçura também não tem como expandir-se, não obstante ela brilha diante desse espelho com beleza sempre nova. Há uma competição constante entre Minha doçura e o espelho do amor de Radha. Embora ambos estejam sempre ampliando-se, nenhum deles conhece a derrota. Minha doçura é sempre cada vez mais nova. Os devotos saboreiam-na segundo seu próprio e respectivo amor. Se contemplo Minha doçura num espelho, sinto-Me incitado a saboreá-la, mas, não obstante, não posso. Se delibero sobre um modo de saboreá-la, descubro que anseio pela posição de Radhika”.” (V.137-45)
“Esta é uma descrição de Seu 2° desejo. Agora, por favor, ouvi-me enquanto descrevo o terceiro.” (V.159)


2.1.3) 3° Desejo: Saborear a felicidade da doçura de amor conjugal das gopis - rudha-bhava

“Quando vêem o Senhor Krsna, as gopis sentem bem-aventurança ilimitada, embora não desejem tal prazer. As gopis experimentam um prazer dez milhões de vezes maior do que o prazer que o Senhor Krsna sente ao vê-las.” (V.186-7)
“Ele apareceu para saborear essa doçura conjugal e incidentalmente divulgar todas as rasas.” (V.223)


2.2) Conclusão:

“Com a atitude de Srimati Radharani, Ele também satisfez Seus próprios desejos. É esta a razão principal para Seu aparecimento.” (V.221)
“Os olhos dEla encantam-se com a beleza do Senhor Krsna, o inimigo de Kamsa. Seu corpo estremece de prazer ao toque dEle. Seus ouvidos são sempre atraídos pela doce voz dEle, Suas narinas encantam-se com a fragrância dEle e Sua língua anseia pelo néctar dos macios lábios dEle. Ela abaixa Seu rosto de lótus, fingindo exercitar autocontrole, mas não pode deixar de mostrar os sinais externos de Seu amor espontâneo pelo Senhor Krsna.”.
““Levando isso em consideração, posso compreender que alguma doçura desconhecida em Mim controla toda a existência de Minha cativadora, Srimati Radharani. Vivo ansioso por saborear a alegria que Radharani obtém de Mim”.” (V.260-2)
““Apareço no mundo para saborear doçuras. Vou saborear as doçuras do amor puro de diversas maneiras. Vou ensinar o serviço devocional, que brota do amor espontâneo dos devotos, demonstrando-o pessoalmente com Meus passatempos. Mas, esses 3 desejos não foram satisfeitos, pois não é possível desfrutá-los numa posição oposta. A menos que Eu aceite o brilho do amor extático de Sri Radhika, esses Meus 3 desejos não poderão ser satisfeitos. Portanto, assumindo os sentimentos e a cor do corpo de Radharani, vou descer para satisfazer esses 3 desejos.” Dessa maneira, o Senhor Krsna tomou Sua decisão. Simultaneamente, chegava o momento para a encarnação própria da era. Nessa altura Sri Advaita adorava-O fervorosamente. Advaita atraiu-O com Seus altos brados.” (V.264-70)
“O Senhor Krsna desejou saborear as nectáreas doçuras ilimitadas do amor de uma dentre Sua multidão de donzelas amorosas [Sri Radha], e assim assumiu a forma do Senhor Caitanya. Ele saboreou este amor enquanto ocultava Sua própria tez morena sob a cor amarela e refulgente dEla. Que este Senhor Caitanya nos conceda Sua graça.” (V.275)
             “Svarupa Damodara Gosvami descreve o Senhor Caitanya como sendo o próprio Krsna com a atitude de Radharani, ou seja, uma combinação de Radha e Krsna. A intenção dEle é saborear a doçura de Krsna em amor transcendental. O Senhor Caitanya não tem vontade de considerar-Se Krsna, pois deseja a posição de Radharani.”
(Sign. V.41)


3) O advento do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu.
(C.c. 1. 13)


“Um brahmana erudito chamado Upendra Misra, que residia no distrito de Srihatta, era o pai de Jagannatha Misra, que foi para Navadvipa estudar sob a orientação de Nilambara Cakravarti e, então, estabeleceu-se ali após casar-se com Sacidevi, a filha de Nilambara Cakravarti. Sri Sacidevi deu à luz oito crianças, todas meninas, que morreram uma após outra imediatamente após o nascimento. Após sua nona gravidez, ela deu à luz um filho que se chamou Visvarupa (irmão mais velho de Caitanya e uma encarnação de Baladeva). Então, em 1407 da era Saka, na noite de lua cheia do mês de Phalguna, sob a constelação de simhalagna, o Senhor Caitanya Mahaprabhu apareceu como filho de Sri Sacidevi e Jagannatha Misra.” (Introd. p.417)

“No mês de Janeiro do ano 1406 da era Saka, o Senhor Krsna entrou nos corpos tanto de Jagannatha Misra quanto de Saci.” (V.80)
             “O Senhor Caitanya Mahaprabhu nasceu no ano de 1407 da era Saka, no mês de Phalguna. Porém, aqui, vemos que Ele entrou nos corpos de Seus pais no ano de 1406, no mês de Magha. Portanto, o Senhor entrou nos corpos de Seus pais treze meses completos antes de Seu nascimento.” (Sign. V.80)
             “Jagannatha Misra replicou então: “Num sonho, vi a refulgente morada do Senhor em meu coração. De meu coração ela entrou em teu coração. Posso perceber, portanto, que logo uma grande personalidade nascerá”.” (V.84-5)
             “Dessa maneira, a gravidez aproximou-se de seu 13° mês, mas ainda não havia sinal de parto da criança. Assim, Jagannatha Misra ficou bastante apreensivo. Então Nilambara Cakravarti [o avô de Sri Caitanya Mahaprabhu, que anteriormente foi o astrólogo Gargamuni na Krsna-lila] fez um cálculo astrológico e disse que naquele mês, aproveitando-Se de um momento auspicioso, a criança nasceria. Assim, no ano de 1407 da era Saka, na noite de lua cheia do mês de Phalguna [março-abril], o momento auspicioso e desejado surgiu.” (V.87-9)
             “Quando a imaculada lua de Caitanya Mahaprabhu despontou, que necessidade havia de uma lua repleta de marcas negras em seu corpo? Considerando isto, Rahu, o planeta negro, cobriu a lua cheia, e imediatamente vibrações de “Krsna! Krsna! Hari!” inundaram os três mundos. Assim todas as pessoas cantaram o maha-mantra Hare Krsna durante o eclipse lunar, e suas mentes ficaram maravilhadas. (V.91-3)
             “É costume na Índia todos os seguidores das escrituras védicas banharem-se no Ganges ou no mar tão logo haja um eclipse lunar ou solar. Todos os seguidores estritos da religião védica ficam de pé na água no decorrer de todo o período do eclipse e cantam o maha-mantra Hare Krsna.” (Sign. V.92)
             “O mundo inteiro ficou satisfeito. Enquanto os hindus cantavam o santo nome do Senhor, os não-hindus, especialmente os maometanos, imitavam jocosamente as palavras.” (V.95)


3.1) O nome Visvambhara

Nilambara Cakravarti diz:
             “Este bebê tem todos os indícios do Senhor Narayana nas palmas e solas dos pés. Ele será capaz de salvar todos os três mundos. Esta criança pregará o culto Vaisnava e libertará tanto Sua família materna quanto paterna. Proponho a execução da cerimônia de dar o nome (dasa-vidha-samskara). Devemos celebrar um festival e convocar os brahmanas porque hoje é dia muito auspicioso. No futuro, esta criança protegerá e manterá todo o mundo. Por esta razão, Ele será chamado Visvambhara.” (14. V.16-9)
             “Por proteger e manter este mundo na atual Kali-yuga, o Senhor Caitanya Mahaprabhu é Visvambhara, ou seja, Aquele que alimenta o mundo inteiro.” (Sign. 14, V.19)
             “Em Seus passatempos iniciais, Ele é conhecido como Visvambhara porque inunda o mundo com o néctar da devoção e, assim, salva os seres vivos. A raiz verbal “dubhrñ” [que é a raiz verbal da palavra Visvambhara] indica nutrição e manutenção. Ele [Caitanya] nutre e mantém os 3 mundos, distribuindo amor a Deus.” (C.c.1.3. V.32-3)


3.2) O nome Nimai

             “Todas as classes de senhoras e cavalheiros da respeitável comunidade brahmínica, levando pratos repletos de diversos presentes, vieram com suas oferendas... Vestindo-se como esposas de brahmanas, todas as senhoras celestiais, incluindo as esposas do Senhor Brahma, do Senhor Siva, do Senhor Nrsimhadeva, do rei Indra... vieram ali com variedades de presentes”. (V.104-5)
             “... a esposa de Advaita Acarya, Sitadevi (ou Sita Thakurani), que é adorável para todo o mundo, tendo obtido permissão de seu esposo, foi visitar aquela criança suprema com toda a espécie de presentes e oferendas”. (V.111)
             “Ela abençoou a criança recém-nascida, colocando grama fresca e arroz sobre Sua cabeça e dizendo: “Que sejas abençoado com uma longa duração de vida.” Porém, temendo fantasmas e bruxas, deu à criança o nome de Nimai.” (V.117)
             “Acredita-se que semelhantes criaturas inauspiciosas não podem aproximar-se de uma árvore nima. Pelo menos na medicina aceita-se que a madeira de nima é extremamente anti-séptica, e antigamente era costume ter uma árvore defronte da casa... A madeira de nima é tão antisséptica que a ciência ayurvédica usa-a para curar lepra. Os cientistas médicos extraíram o princípio ativo da árvore nima, que se chama ácido margósico. A nima é usado para muitos propósitos, especialmente para escovar os dentes... Por causa de todas as propriedades anti-sépticas da árvore nima e porque o Senhor Caitanya nasceu debaixo de uma árvore nima, Sita Thakurani deu ao Senhor o nome Nimai... Ele era chamado por esse nome, embora Seu nome verdadeiro fosse Visvambhara.” (Sign. V.117)


3.3) O nome Caitanya

“A palavra caitanya significa “força viva”. A palavra amrta quer dizer imortal. As palavras caitanya caritamrta podem, então, ser traduzidas como “O caráter da força viva na imortalidade”. O Caitanya-caritamrta nos mostra como Caitanya ensinou as pessoas a tornarem-se imortais, e assim o título pode ser perfeitamente traduzido como “o caráter imortal da força viva”. A força viva suprema é a Suprema Personalidade de Deus.”  (Ensinamentos do Senhor Caitanya. Introd. p.1 e 4)
A palavra Caitanya também significa “força espiritual”.  (Sign. C.c. 2.7. V.66)

Sri Caitanya Mahaprabhu aceitou sannyasa de Kesava Bharati na Bharati sampradaya (comunidade), a qual pertence à sucessão discipular de Sankaracarya. Sankaracarya introduziu 10 nomes para seus discípulos sannyasis, de acordo com suas qualidades, características e inclinações na vida espiritual. Esses nomes são: Tirtha, Asrama, Vana, Aranya, Giri, Parvata, Sagara, Sarasvati, Bharati, Puri. (Obs: Neste significado há uma descrição das qualidades referentes a cada nome de sannyasi.)
Todos esses sannyasis são assistidos por brahmacaris, os quais também recebem nomes de acordo com suas qualidades. Os nomes são os seguintes: Svarupa-brahmacari, Prakasa-brahmacari, Ananda-brahmacari, e Caitanya-brahmacari. O nome Caitanya-brahmacari é outorgado à alguém capaz de distinguir entre matéria e espírito, que nunca se deixa perturbar por transformações materiais e que medita na refulgência ilimitada, inexaurível e auspiciosa do Brahman. Tal brahmacari é um erudito de primeira classe e é chamado Caitanya. Certa vez, ao encontrar-se com o Senhor Caitanya Mahaprabhu, Sarvabhauma Bhattacarya considerou-O uma pessoa muito humilde e mansa, pois, guardou Seu nome de brahmacari mesmo após aceitar sannyasa.  (Esses dois últimos parágrafos são um resumo do Sign C.c. 2.1.6. V.69 e 73)


Compilação do Caitanya Caritamrta e Ensinamentos do Senhor Caitanya de Srila Prabhupada. Os títulos dos tópicos foram feitos por mim para organizar a compilação por temas.

Compilação: David Britto radhesyamaji@yahoo.com.br

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Sri Rama Navami: E a Lila de Ramacandra no Brasil por Prabhupada


Sri Rama Navami: e a Lila de Ramacandra no Brasil.




“Prabhupada explicou... que estes eventos (Rama lila) haviam acontecido há não menos de oitocentos mil anos...” (SPL 4 pg. 146)

“... No mês de Caitra, no nono dia da lua crescente, na Treta-yuga, o Senhor apareceu, como de costume, para estabelecer os princípios da religião e para aniquilar os elementos perturbadores...” (Bhag.1.12.19 Sign.) “... o Senhor Rama desceu juntamente com Suas porções plenárias, e todas elas apareceram como Seus irmãos mais novos...” (Bhag.1.12.19 Sign.) “... Em alguns milênios, o Senhor Ramacandra e Seus irmãos aparecem como encarnações de Vasudeva, Sankarsana, Pradyumna e Aniruddha, e, em outros milênios, aparecem como encarnações de Narayana, Sesa, Cakra e Sankha.” (Bhag.5.19.2 Sign.)

“... Na assembléia onde mãe Sita deveria escolher seu esposo (sacrifício do rei Janaka, pai de Sita), Ele, em meio aos heróis deste mundo, quebrou o arco pertencente ao Senhor Siva. Esse arco era tão pesado que eram necessários trezentos homens para carregá-lo, mas o Senhor Ramacandra esticou-o, dobrou-o e partiu-o ao meio, assim como um filhote de elefante quebra uma haste de cana-de-açúcar. Assim, o Senhor obteve a mão de mãe Sita, que possuía no mesmo nível de igualdade as qualidades transcendentais: forma, beleza, comportamento, idade e natureza. Na verdade ela era a deusa da fortuna... Enquanto retornava da casa de Sita após reavê-la na assembléia de competidores, o Senhor Ramacandra encontrou-Se com Parasurama. Embora fosse muito orgulhoso de ter eliminado da Terra a ordem real vinte e uma vezes, Parasurama foi derrotado pelo Senhor que parecia uma ksatriya da ordem real.” (Bhag.9.10.7)

“... aceitar apenas uma esposa foi o glorioso exemplo estabelecido pelo Senhor Ramacandra. Ninguém deve aceitar mais do que uma esposa. Naqueles dias, é claro, os homens assumiam várias esposas... Mas o Senhor Ramacandra, como rei ideal, aceitou apenas uma esposa... Todo pai de família deve viver segundo o padrão perfeito do Senhor Ramacandra... Ser pai de família ou viver com esposa e filhos nunca é condenável, contanto que a pessoa viva de acordo com os princípios reguladores delineados pelo varnasrama-dharma. Aqueles que vivem segundo esses princípios, sejam pais de família, brahmacaris ou vanaprasthas, assumem igual importância.” (Bhag. 9.10.54 Sign.) Assim como o Senhor Ramacandra é o esposo ideal..., mãe Sita é a esposa ideal. (9.10.55 Sign.) “... Contudo, a missão do Senhor Ramacandra, não se resumia a matar Ravana, mas também Ele veio ensinar aos seres mortais que a felicidade material, centralizada na vida sexual ou na esposa, causa muitas misérias...” (Bhag. 5.19.5)

“Maharaja Dasaratha (pai de Ramacandra) tinha três esposas. Uma delas, Kaikeyi, servia-o mui atenciosamente, e, portanto ele quis dar-lhe uma benção. Kaikeyi, entretanto, disse que lhe pediria a benção quando chegasse a ocasião oportuna. No momento da coroação do príncipe Ramacandra, Kaikeyi pediu ao seu esposo que elevasse ao trono seu filho Bharata e enviasse Ramacandra para a floresta.” (Bhag.9.10.8 Sign.) “Cumprindo a ordem de Seu pai, que estava atado por uma promessa à sua esposa, o Senhor Ramacandra deixou para trás o Seu reino...” (Bhag. 9.10.8) “... Ele aceitou o exílio na floresta por catorze anos, por ordem de Seu pai, Maharaja Dasaratha...” (Bhag. 1.12.19 Sign.)

“... quando Ravana (‘aquele que causa lágrimas nos outrosBhag. 9.10.26 Sign.), que tinha dez cabeças sobre seus ombros, ouviu comentários acerca dos belos e atraentes traços de Sita, sua mente ficou agitada por desejos luxuriosos, e ele foi tentar raptá-la. Para afasta o Senhor Ramacandra de Seu asrama, Ravana enviou Marica sob a forma de um veado dourado, e ao ver aquele maravilhoso veado, o Senhor Ramacandra deixou Sua residência e seguiu-o até conseguir matá-lo... Quando Ramacandra entrou na floresta e Laksmana também se ausentou, o pior dos Raksasas, Ravana, raptou Sitadevi...” (Bhag. 9.10.10-1) “Havia determinação de que Ravana, o principal dos Raksasas, poderia ser morto por um homem, e por esta razão, o Senhor Ramacandra, a Suprema Personalidade de Deus, apareceu sob a forma de um ser humano...” (Bhag. 5.19.5)

“Na verdade, contudo, Ravana não pode levar Sitadevi em sua forma original. Logo que foi tocada pelas mãos de Ravana, ela deu-lhe uma forma material, mas preservou além do alcance da visão dele sua forma original... Ramacandra e Sua potência, a deusa Sita, mantêm-se afastados da influência da energia material.” (Bhag. 5.19.4 Sign.) “... era impossível Ravana levar Sita. A forma de Sita levada por Ravana era uma representação ilusória de mãe Sitamaya-sita...” (Bhag. 9.10.11 Sign.)

“... Quando procurava Sita, Ramacandra encontrou Jatayu (um pássaro que tentou impedir o rapto de Sita) quase morto e foi informado de que Sita fora carregada por Ravana...” (Bhag. 9.10.12 Sign.) “Após alcançar a praia (para ir ao reino de Ravana), o Senhor Ramacandra jejuou durante três dias, enquanto esperava a chegada do oceano personificado. Ao ver que o oceano não aparecia, o Senhor manifestou Seus passatempos de ira, e pelo Seu simples olhar em direção ao oceano, todas as entidades que viviam dentro dele... ficaram mortos de medo. Então, o oceano personificado, temeroso, aproximou-se do Senhor Ramacandra, levando toda a parafernália utilizada no processo de adoração ao Senhor...” (Bhag. 9.10.13) “Meu Senhor, podeis usar minha água como desejardes (disse o oceano)... podeis cruzá-la e ir até a morada de Ravana... embora minha água não represente nenhum impedimento à Vossa marcha a Lanka (reino de Ravana), por favor, construí uma ponte sobre ela para difundirdes Vossa fama transcendental...” (Bhag. 9.10.15) “Após construir uma ponte sobre o oceano, atirando na água picos de montanhas cujas árvores e outras vegetações haviam sido sacudidas pelas mãos dos grandes macacos, o Senhor Ramacandra foi até Lanka para libertar Sitadevi... o Senhor, juntamente com os macacos-soldados, entrou no reino de Ravana, Lanka, que anteriormente fora queimado por Hanuman.” (Bhag. 9.10.16)

“... Ravana era um grande adorador e devoto do Senhor Siva, e, em troca, ele obteve todas as bênçãos da deusa Durga, tanto que todo o seu reino era construído com edifícios de ouro. No Brasil, na era atual, foram encontradas imensas quantidades de ouro, e, a partir de referências históricas dos Puranas, podemos concluir com certeza que este era o reino de Ravana...” (Bhag. 4.22.36 Sign.)

“... o Senhor Ramacandra fixou uma flecha em Seu arco, apontou para Ravana e disparou a flecha, que trespassou o coração de Ravana como um raio... Ravana, vomitando sangue por suas dez bocas, caía de seu aeroplano...” (Bhag. 9.10.23)

“O Senhor Ramacandra é um exemplo de encarnação de Deus que advém com a missão de paritranaya sadhunam vinasaya ca duskrtamproteger os devotos e aniquilar os canalhas. O Senhor Ramacandra mostra qual o verdadeiro propósito da encarnação da Suprema Personalidade de Deus...” (Bhag. 5.19 Introd.) “... Para ajudar a administração dos semideuses, Ele matou catorze mil demônios...” (Bhag. 1.12.19 Sign.)


“... Tendo terminado o período de Sua permanência na floresta, o Senhor retornou a Ayodhya...” (Bhag. 9.10.32) “... A cidade de Ayodhya ainda existe no distrito de Hyderabad, que está situado ao norte de Uttara Pradesh.” (Bhag. 5.19.2)  “Após aceitar o trono, atendendo ao fervoroso pedido de Seu irmão mais novo, Bharata, o Senhor Ramacandra ordenou que Seus irmãos mais novos saíssem par conquistar o mundo, enquanto Ele permanecia pessoalmente na capital...” (Bhag. 9.11.25) “O Senhor Ramacandra tornou-Se rei durante a Treta-yuga, porém, devido ao Seu bom governo, era como se as pessoas estivessem na Satya-yuga...” (9.10.51) “...Ramacandra é o rei ideal, pois protegeu e manteve a mais elevada cultura da humanidade, conhecida como brahmanya-dharma...” (Bhag. 1.12.19 Sign.) “... pensando que devido ao fato de não terem desejos materiais, os brahmanas deviam possuir o mundo todo...” (Bhag. 9.11.3) “Depois que o Senhor Ramacandra deu tudo isso (todo o seu reino e riquezas) em caridade aos brahmanas, restaram-Lhe apenas Suas roupas pessoais e Seus ornamentos, e da mesma maneira, a rainha, mãe Sita, ficou apenas com sua argola de nariz, e nada mais.” (Bhag. 9.11.5) “... com o coração derretido, eles devolveram toda a propriedade recebida dEle...” (Bhag. 9.11.5)

“... Certa vez, enquanto o Senhor Ramacandra caminhava incógnito à noite, disfarçando-Se para poder aproximar-Se das pessoas e descobrir que opinião tinham a respeito dEle, Ele ouviu um homem falando desfavoravelmente de Sua esposa Sitadevi. [falando à sua esposa incasta, o homem disse] Vais à casa de outro homem, e portanto és incasta e contaminada. Deixarei de dar-te assistência. Um homem dominado pela mulher como o Senhor Rama pode aceitar uma esposa como Sita, que foi à casa de outro homem, porém, diferente dEle, eu não sou dominado por mulheres e portanto eu não voltarei a te aceitar... Os homens com pobre fundo de conhecimento e caráter abominável falam tolices. Temendo semelhantes patifes, o Senhor Ramacandra dispensou Sua esposa, Sitadevi, embora estivesse grávida. Assim, Sitadevi foi para o asrama de Valmiki Muni.”(Bhag. 9.11.8-10) “Sendo desamparada pelo seu esposo, Sitadevi deixou seus filhos (os gêmeos Lava e Kusa) aos cuidados de Valmiki Muni. Então, meditando nos pés de lótus do Senhor Ramacandra, ela foi para dentro da Terra. Após ouvir a notícia de que mãe Sita havia entrado na terra, a Suprema Personalidade de Deus decerto ficou muito aflito. Embora seja a Suprema Personalidade de Deus, ao lembra-Se das notáveis qualidades de mãe Sita, ele não pôde deixar de sentir a mágoa decorrente do amor transcendental.” (Bhag. 9.11.16)

Depois que mãe Sita entrou na Terra, o Senhor Ramacandra observou completo celibato e, por treze mil anos, realizou ininterruptamente um Agnihotra-yajña. Após concluir o sacrifício, o Senhor Ramacandra... entrou em Sua própria morada, o planeta Vaikuntha, situado além do brahmajyoti.” (Bhag. 9.11.18-9) “... Ele desapareceu enquanto tomava banho no rio Sarayu...” (Bhag. 1.12.19 Sign.)

“... Porque adveio para ensinar à sociedade humana quão prestativo o rei deve ser, o Senhor Ramacandra aparentemente abandonou a companhia da mãe Sita e Laksmana. Entretanto, Ele realmente não poderia tê-los abandonado...” (Bhag. 5.19.6 Sign.) “Outro aspecto das instruções dadas pelo Senhor é que, aquele que aceita uma esposa deve ser esposo fiel e dar-lhe proteção plena...” (Bhag. 5.19.6)


Citações do Srimad-Bhagavatam (Bhag.) e do Srila Prabhupada Lilamrta (SPL)

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Compilação: David Britto radhesyamaji@yahoo.com.br